Nascimento
Nascem os homens como deuses pobres;
Nus e de um ventre que desesperouDe os guardar
Sagrados e secretos no seu lago.Nascem disformes, sem nenhum afago
Da raiva desabrida que os expulsaE das mãos aterradas que os recebem
BebemO ar do mundo aos gritos.
Olham sem ver, e sãoDa nossa devoção
Coimbra, 3 de Outubro de 1955
Miguel Torga(aquando do nascimento de sua filha Clara)
5 comentários:
Minha Amiga Helena;
Acabo de ler o poema que transcreveu, com o título "Nascimento", do Poeta Miguel Torga. Felicito-a pela belíssima recolha que fez.Este poema tocou-me profundamente.
Parabéns.Desejo-lhe ainda uma Santa e Feliz Páscoa.
Zé Ricardo
Olá Zé Ricardo:
Fico muito agradecida pelo seu comentário pois, tenho receio de vos maçar com tanto poema de MIGUEL TORGA!...Não sei se leu um agradecimento que enviei à Margarida a propósito de um comentário que Ela me endereçou!...
Lá explico a razão deste fraquinho...Agradeço muito as suas palavras, que muito me tocaram!
Um abraço amigo e Páscoa Feliz para si e Graciete.
Colega amiga
lena m. serrador
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