VOLTAR À VIDA
Rostos sem corpos,corpos sem rosto.
Lágrimas, dôr, fome, medo!
A Terra tremeu.
A morte surgiu!
Negra, fria, insensível.
As crianças choram,
Os pais gritam.
Feridas na alma e no corpo.
Mãos estendidas, olhos abertos,
Pernas que não se veêm nem se sentem.
Silêncio.
A vida parou ali.
Não há Sol, não há Luz.
E o amor, esse sentimento divino, onde está?
Quem agarra aquelas mãos?
Quem ampara aqueles corpos?
Quem mata a sede àqueles homens?
Quem acarinha aquelas crianças?
A Terra tremeu.
A Terra treme.
Pedras, terra, sangue...
Uns correm, outros choram.
Alguns deixaram de viver.
Debaixo da terra alguém estende a mão, tem vida,
tem esperança.
O Homem, que julga tudo poder, não vence a natureza.
O Homem, que destrói o que criou não pára a terra.
Mas o homem, pode estender a mão, matar a sede,
aliviar a dôr, rezar pelos mortos, e voltar à vida.
Alice Governo
(28/01/10)
28 de janeiro de 2010
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2 comentários:
Que lindo poema Alice.
Que inspiração...
Parabéns.
Elisa
Olá amiga:
Tudo o que escreveu está certo.
As imagens que surjem na tv falam por si!
No presente, há que cuidar dos que restam, mas vai ser bem doloroso e longo para amenizar aquele povo.
Um abraço
Margarida
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