7 de dezembro de 2007

O CATA-VENTO

Viva lá, senhor galo cata-vento!
Fale á gente, não seja malcriado!
Lá por ter o poleiro no telhado,
Não suponha que está no firmamento!

Como percebe de onde sopra o vento
E sabe de equilíbrio o seu bocado,
Já se imagina bacharel formado,
Julga que tem carradas de talento!

Vaidade! Pedantismo sem mistura!
No fundo, duas tretas, bagatela,
Que só entre patetas faz figura.

O que você, amigo, não revela,
É que antes de ser galo, nessa altura,
Foi uma reles tampa de panela!
Belmiro
(livro de leituras 3ª.classe 1932)

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