10 de abril de 2008

Moinho sem Velas




Meu moinho abandonado,
meu refúgio de inocente,
meu suspiro impertinente,
meu social transtornado.


Meu sussurro de oceano,
meu ressoar de caverna,
minha frígida cisterna,
minha floresta de engano.


Minha toca de selvagem,
meu antro de vagabundo,
minha torre sobre o mundo
minha ponte de passagem.


Meu atributo coitado,
meu tanger de hora serena,
rolo de pedra morena,
silêncio petrificado.

António Gedeão

Sem comentários: