Longuíssimos braços têm
os olhos que tudo abraçam.
Somente, só os olhos vêem
Clandestinamente os lanço
braços de mar, olhos de água
Longo ser líquido avanço,
abraço a vida,e alago-a.
Destino do amor triste
que não ouve nem se vê.
Ama apenas porque existe.
Não sabe a quem nem porquê.
Nesta obrigação de estar
que a cada de um de nós cabe,
coube-me esta de amar
E ninguém sabe.
António Gedeão
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