13 de julho de 2008

Cavaleiro do Cavalo de Pau



Vai a galope o cavaleiro e sem cessar

galopando no ar e sem mudar de lugar

E galopa e galopa e galopa, parado,

e galopa sem fim nas tábuas do sobrado.

Oh que bravo corcel, que doidas galopadas,

Crinas de estopa ao vento e as narinas pintadas!

Em curvas pelo ar, em velozes carreiras,

O cavalo de pau é o terror das cadeiras!

E o cavaleiro nunca muda de lugar,

A galopar, a galopar, a galopar!...

Afonso Lopes Vieira

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