Vai a galope o cavaleiro e sem cessar
galopando no ar e sem mudar de lugar
E galopa e galopa e galopa, parado,
e galopa sem fim nas tábuas do sobrado.
Oh que bravo corcel, que doidas galopadas,
Crinas de estopa ao vento e as narinas pintadas!
Em curvas pelo ar, em velozes carreiras,
O cavalo de pau é o terror das cadeiras!
E o cavaleiro nunca muda de lugar,
A galopar, a galopar, a galopar!...
Afonso Lopes Vieira
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