2 de março de 2009

Estâncias 120 e 121 do CANTO III dos LUSÍADAS

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"Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano de alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus formosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas."

"Do teu Príncipe ali te respondiam
As lembranças que na alma lhe moravam,
Que sempre ante seus olhos te traziam
Quando dos teus formosos se apartavam;
De noite em doces sonhos que mentiam,
De dia, em pensamentos que voavam,
E quanto, enfim, cuidava e quanto via
Eram tudo memórias de alegria."

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In Canto III __Lusiadas


Luís Vaz de Camões

1 comentário:

fernanda sal m. disse...

É um dos "quadros" mais líricos de "Os Lusíadas", mas era bonito se publicasses também as últimas estrofes deste episódio ... Ora vá lá ...