Em Busca
Ponho os olhos em mim, como se olhasse um estranho,
E choro de me ver tão outro, tão mudado…
Sem desvendar a causa, o íntimo cuidado
Que sofro do meu mal — o mal de que provenho.
Já não sou aquele Eu do tempo que é passado,
Pastor das ilusões perdi o meu rebanho,
Não sei do meu amor, saúde não na tenho,
E a vida sem saúde é um sofrer dobrado.
A minh’alma rasgou-ma o trágico Desgosto
Nas silvas do abandono, à hora do sol-posto,
Quando o azul começa a diluir-se em astros…
E à beira do caminho, até lá muito longe,
Como um mendigo só, como um sombrio monge,
Anda o meu coração em busca dos seus rastros…
Poeta Alentejano José Duro
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1 comentário:
Olá colega:
Isto é que vai um grande poema!
Que santa paciência...
Acabei de o ler mesmo agorinha e foi bom porque eu estava a ficar às cores, porque fiquei sem a página do Google.
Começam-me a subir uns fernicoques e vai daí depois de bastante tempo a procurar o defeito, tanto mexi que acabei por acertar, por acaso!
Até já respirei fundo...Que nervos!
Obrigada pela informação sobre o organizador do convívio, eu não sabia que era o Dias.
Também gostei da música dos Platers, pois dancei bem ao som deles nos anos 50.
Boa noite
Margarida
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