30 de novembro de 2007

Noras e Picotas














ENGENHOS DE ÁGUA

TÉCNICAS ENGENHOSAS PARA REGAR OS CAMPOS

Engenhos milenares utilizados para elevar água e conduzi-la ao campo, as noras, as picotas (também conhecidas por cegonhas), além de outros, suportam técnicas primitivas de irrigação que fazem parte da nossa história agrícola.

Engenhos de água, espalhados por todo o país, que hoje encontramos em desuso ou que o progresso obrigou a adaptarem-se a sistemas de bombagem mecânicos ou eléctricos.

Introduzidas pelos árabes, as noras de tirar água são instrumentos fixos e circulares, usados para elevar a água de poços ou cisternas para, posteriormente, ela ser utilizada nas culturas de regadio. Caiadas de branco, ou não, são compostas por uma roda dentada que faz mover uma cadeia metálica, à qual estão presos os alcatruzes (baldes que transportam a água à superfície).

Inicialmente, eram accionadas por mulas, machos, burros ou bois que se deslocavam, normalmente de olhos vendados, em movimento circular à volta do engenho; mais tarde estes animais foram sendo substituídos pela força de potentes motores.
Outro método usado para irrigar os campos, nomeadamente pequenas culturas, e também na elevação de água salgada de pequenos poços, em zonas do país onde ainda se extrai sal gema, é a picota, também conhecida por cegonha, e muito utilizado na nossa região.

Uma técnica executada directamente pelo homem, que permitia tirar água com relativa facilidade dos poços pouco profundos e dos ribeiros, baixando e levantando um balde, quase sempre de madeira, preso no extremo de uma vara.
Heranças árabes que contribuiram para a evolução das culturas de regadio nos nossos campos e que ainda hoje, continuam a fazer parte da nossa riqueza paisagística.

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