
A Uma Criança
Que escuridão, que tristeza,
que noite, o vento a uivar!...
e sem pão tanta pobreza
e tantos tristes sem lar!
Quantos desses desgraçados
irão caminhando agora
com os membros regelados,
descalços, estrada fora!
Quantos, famintos, sòzinhos,
quase nus, a tiritar,
irão por esses caminhos
talvez - quem sabe? - a chorar!
Ai quantos! - miséria horrenda -
órfãos de pai e de mãe,
sem um braço que os defenda,
sem amparo de ninguém!
A chuva cai inclemente,
a noite é escura, sem Lua:
Quem socorre o indigente,
que passa triste na rua?
Se outra coisa não tiveres
que dar aos desgraçadinhos,
que bem farás, se lhe deres
consolações e carinhos!
(leituras da 4ª. classe (1933)
Que escuridão, que tristeza,
que noite, o vento a uivar!...
e sem pão tanta pobreza
e tantos tristes sem lar!
Quantos desses desgraçados
irão caminhando agora
com os membros regelados,
descalços, estrada fora!
Quantos, famintos, sòzinhos,
quase nus, a tiritar,
irão por esses caminhos
talvez - quem sabe? - a chorar!
Ai quantos! - miséria horrenda -
órfãos de pai e de mãe,
sem um braço que os defenda,
sem amparo de ninguém!
A chuva cai inclemente,
a noite é escura, sem Lua:
Quem socorre o indigente,
que passa triste na rua?
Se outra coisa não tiveres
que dar aos desgraçadinhos,
que bem farás, se lhe deres
consolações e carinhos!
(leituras da 4ª. classe (1933)
2 comentários:
Olá zé Ricardo!
Lindo, lindo, lindo! A conjugação do poema com a menina, de laço côr de rosa, muito bonita a tapar os olhos porque não quer vêr tanta pobreza está um ESPANTO!
Parabéns pois é um poema lindo, sentimental e muito adequado a esta quadra fria de NATAL...
Só me apetece citar aquela frase que todos nós conhecemos:- " mas as crianças SENHOR, porque lhes dás tanta dôr!"
Um abraço!
lena m serrador
Sr Zé Ricardo
É este um outro lado do Natal, que como diz o poeta "não podemos ignorar..." É importante que se levantem vozes que nos façam lembrar.
Um abraço com amizade
São Coelho
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