O NETO
Vovó, porque não tem dentes?
Porque anda rezando só.
E treme, como os doentes
Quando têm febre, vovó?
Porque é branco o seu cabelo?
Porque se apoia a um bordão?
Vovó, porque, como o gêlo,
É tão fria a sua mão?
Porque é tão triste o seu rosto?
Tão trémula a sua voz?
Vovó, qual é o seu desgosto?
Porque não ri como nós?
A AVÓ
Meu neto, que és meu encanto,
Tu acabas de nascer...
E eu, tenho vivido tanto
Que estou farta de viver!
Os anos que vão passando
Vão-nos matando sem dó!
Só tu consegues, falando,
Dar-me alegria, tu só!
O teu sorriso de criança,
Cai sobre os martírios meus,
Como um clarão de esperança,
Como uma benção de Deus!
Olavo Bilac
Vovó, porque não tem dentes?
Porque anda rezando só.
E treme, como os doentes
Quando têm febre, vovó?
Porque é branco o seu cabelo?
Porque se apoia a um bordão?
Vovó, porque, como o gêlo,
É tão fria a sua mão?
Porque é tão triste o seu rosto?
Tão trémula a sua voz?
Vovó, qual é o seu desgosto?
Porque não ri como nós?
A AVÓ
Meu neto, que és meu encanto,
Tu acabas de nascer...
E eu, tenho vivido tanto
Que estou farta de viver!
Os anos que vão passando
Vão-nos matando sem dó!
Só tu consegues, falando,
Dar-me alegria, tu só!
O teu sorriso de criança,
Cai sobre os martírios meus,
Como um clarão de esperança,
Como uma benção de Deus!
Olavo Bilac
1 comentário:
Só hoje vim ao blog... o que não fazia há muitos dias.
Que bonitos versos sobre avós/netos...
Obrigada por trazer esta "prenda" para os avós.
Elisa
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