Três irmãs, três gotas d' água
Que o infinito condensa,
Sua mãe nuvem do céu
Lá daquela altura imensa
Desprendeu.....................
Vem uma cai sobre a flor
Que à míngua d'água morria
E mal a gota sentia
Voltava-lhe o viço e a cor...
Caiu outra ao pé dum ninho
Que o passarinho bebeu...
Mas, a terceira no mar tombando
Dizia chorando:
Nestas ondas arrogantes
Desapareço mesquinha;
Responde a onda marinha
Já sou maior que era dantes...
in " O Livro das Rosas "
Afonso Lopes Vieira
1 comentário:
Passei por aqui e surgiu-me uma dúvida: o penedo que aparece na praia que ilustra esta poesia não é o que caíu no Algarve vitimando três pessoas. Sendo assim, foi premonitória!
Pedro C.
Enviar um comentário